Jerônimo Cláudemir Barreto, talvez um nome estranho e de difícil pronúncia, mas se você usar “Cacau”, muitos fãs de futebol lembrarão desse ex-jogador da seleção alemã naturalizado.
Na verdade, Cacau tem uma forte ligação com esse apelido por um motivo histórico. “Cacau” em português significa “cacau, usado para fazer chocolate”, e desde criança, Cacau era obcecado por chocolate e por isso recusou usar o nome Cláudemir, preferindo ser chamado de “Cacaudemir”.

Ter um nome reconhecido por ele mesmo foi um pequeno prazer para Cacau, já que não teve uma infância para se orgulhar.
Seu pai trabalhava em uma mina com um salário baixo e frequentemente aparecia em casa embriagado. Eventualmente, ele abandonou a família, e sua mãe, que trabalhava como faxineira, ficou sozinha para criar os três filhos.
Desde cedo, Cacau gostava de futebol, mas passava a maior parte do tempo vendendo refrigerantes nas ruas ou trabalhando como operário infantil para ajudar a sustentar a família. Sua mãe, querendo evitar que o filho passasse pelas dificuldades que ela viveu, incentivou Cacau a mudar seu destino através do futebol.
Cacau tinha um pôster gigante de Pelé na parede e sonhava em se tornar uma lenda do futebol brasileiro. Ao entrar na base do Palmeiras, parecia que ele finalmente veria a luz no fim do túnel, mas foi rejeitado pelos treinadores da base.

Felizmente, o futebol de rua lhe trouxe outra alegria e foi exatamente isso que chamou a atenção dos olheiros. Aos 18 anos, Cacau embarcou para a Europa. Embora não tenha recebido treinamento formal, “sair do Brasil” era o primeiro passo para escapar da vida difícil, uma escolha forçada por muitos jovens brasileiros.
Bayern de Munique, 1860 Munique e Unterhaching ofereceram apenas testes, mas não tinham planos para contratá-lo. Finalmente, Cacau se juntou ao clube de 5ª divisão Tuerk Guecue. Para muitos, esse seria um detalhe insignificante, mas para Cacau, era a única chance. Ele aprimorou suas habilidades e aprendeu alemão.

Em 2001, com 20 anos, Cacau foi notado pelo Nuremberg, e sua estreia na Bundesliga foi marcante: ele marcou dois gols em sua primeira partida. No entanto, o segundo ano foi difícil, e ele marcou apenas dois gols em 27 jogos.
Depois de um impasse com o Nuremberg, Cacau se transferiu para o Stuttgart, onde fez história. Em seus 11 anos no clube, marcou 109 gols e deu 46 assistências, além de conquistar o título da Bundesliga.
Rápido e habilidoso, Cacau foi elogiado por sua habilidade de finalização, e Joachim Löw o descreveu como “um jogador que se encaixa perfeitamente no estilo de jogo da Alemanha”.

Em 2004, Cacau fez seu primeiro hat-trick pelo Stuttgart, e em 2007, foi decisivo ao marcar dois gols na vitória contra o Bayern de Munique, ajudando o Stuttgart a conquistar o título. Em 2010, ele também abriu o placar na partida da Liga dos Campeões contra o Barcelona.
Em 2009, com 28 anos, Cacau se naturalizou alemão e foi convocado para a seleção da Alemanha, participando da Copa do Mundo de 2010, onde marcou um gol. A mídia alemã comentou sobre esse “sonho realizado”: “O garoto que veio com a bagagem do samba agora se tornou um jogador da seleção alemã”.
De fato, o Stuttgart foi fundamental para o sucesso de Cacau, e após sua aposentadoria, ele foi agraciado com a Medalha de Honra do estado de Baden-Württemberg, além de ter sido reconhecido por seu trabalho com a comunidade, especialmente por seu apoio a crianças.

Este é o legado de Cacau e sua ligação com o Stuttgart, uma conexão que foi fundamental para sua carreira. Mais importante ainda, ele superou as dificuldades de sua infância e, como ele mesmo diz: “Minha infância não foi fácil, precisei da ajuda de outras pessoas. Sei como é importante ajudar quem precisa. E eu sempre disse que, quando eu estiver no topo, darei de volta o que recebi”.
Este recurso foi enviado por um usuário e o conteúdo foi coletado da internet. Nosso site apenas o recomenda gratuitamente para fins de aprendizado e compartilhamento. Em caso de questões relacionadas a direitos autorais ou outros problemas, entre em contato com nossa equipe editorial para tratativa!
Importante: Se o software exigir pagamento, assinatura ou recarga, trata-se de uma ação do desenvolvedor ou da empresa responsável, não tendo qualquer relação com o nosso site. Cabe ao usuário fazer seu próprio julgamento!