Prévia do duelo entre Rockets e Warriors: confronto entre veteranos e novatos, com estilos distintos e uma batalha defensiva que testará a verdadeira força das duas equipes.

“Se Chris Paul não tivesse se machucado e ficado fora dos Jogos 6 e 7 das Finais do Oeste de 2018…”

“Se Iguodala não tivesse perdido todos os jogos do Jogo 4 ao 7…”

“Os Rockets erraram 27 arremessos de três consecutivos!”

O confronto entre Rockets e Warriors em 2018 foi uma série de sete jogos eletrizantes. Considerando que o Golden State varreu o Cleveland por 4-0 nas Finais daquele ano, é justo afirmar: aquele Houston Rockets foi o único time da liga capaz de duelar de igual para igual com os “Quatro Fantásticos” – Durant, Curry, Thompson e Draymond. Dois gigantes que criaram juntos um clássico eterno.

Em 2019, Durant sofreu uma lesão na panturrilha no terceiro quarto do Jogo 5 das semifinais do Oeste. Era a chance dos Rockets. Mas Harden não aproveitou: zerou no último quarto com apenas dois arremessos, e os Warriors viraram com uma corrida de 27 a 18 para vencer.

A imprensa caiu em cima de Harden, questionando sua postura em um momento decisivo. Surgiram até rumores de desentendimento entre ele e Chris Paul sobre o controle da bola.

No Jogo 6, Curry zerou no primeiro tempo e fez 33 pontos no segundo, selando a eliminação dos Rockets pela segunda temporada consecutiva.

Warriors vs. Rockets foi o confronto mais alto nível da “era do small ball”. Ambos os times abriam mão dos pivôs – Capela e Looney – nos momentos decisivos, colocando em quadra os temidos “cinco baixos”.

Dez jogadores com cerca de dois metros, todos versáteis, com arremesso, leitura e troca de marcação constante. Não havia posições fixas. Rockets e Warriors mostraram ao mundo o futuro do basquete — e influenciaram profundamente o jeito como o jogo é jogado até hoje.

Hoje, já se passaram seis anos desde o último duelo entre Rockets e Warriors em 2019. Muita coisa mudou. A edição de 2025 desse confronto épico marca o início de um novo capítulo.

Os Rockets iniciaram uma reconstrução total após trocarem James Harden na temporada 2020-21. Já são cinco anos de paciência e trabalho duro. Agora, os “Sete Jovens de Houston” explodiram: é a primeira vez desde 2018-19 que o time conquista 50 vitórias numa temporada, voltou aos playoffs após 2020 e ainda levou o título da Divisão Sudoeste. No “pós-Harden”, a reconstrução foi um sucesso retumbante.

Do outro lado, os tempos da trinca Tsunami, da dinastia dos Splash Brothers e até da era Splash-Chá já ficaram para trás. Hoje, Curry e Butler, dois veteranos no final da carreira, unem forças para uma última corrida rumo ao topo. O lema é claro: vencer agora, sem desperdiçar um dia sequer.

Os dois times estão em fases totalmente distintas de construção e têm estilos de jogo que refletem bem esse momento.

A média de idade dos Rockets é de 25,1 anos. Os pilares do time são muito jovens: Şengün (22), Jalen Green (23), Amen Thompson (22), Tari Eason (23), Jabari Smith Jr. (21), Whitmore (20) e Sheppard (20). A juventude e o vigor físico são trunfos que podem fazer a diferença nessa série.

Curry tem 37 anos. Butler e Draymond Green têm 35. Somados, os três principais nomes dos Warriors ultrapassam os 100 anos de idade. Em compensação, a experiência pesa: Curry e Dray já disputaram nove playoffs cada, e Butler soma 11 participações. Em maturidade, os Warriors têm clara vantagem.

Enquanto os “Sete de Houston” vivem sua primeira experiência de pós-temporada, os Warriors carregam a tradição de uma potência do Oeste na última década. O confronto entre juventude e veterania é, sem dúvida, o grande enredo dessa série.

Apesar deste confronto ser, em teoria, um duelo entre o segundo (Rockets) e o sétimo (Warriors) colocados do Oeste, na prática a diferença entre os dois times é de apenas quatro vitórias.

Os Rockets fecharam a temporada com 52 vitórias e 30 derrotas. Sob o comando de Udoka, a equipe jovem teve um elenco principal bastante estável ao longo do ano. Já os Warriors encontraram o rumo após uma reformulação no meio da temporada: antes da estreia oficial de Butler, o time tinha 25 vitórias e 26 derrotas; depois disso, embalou com uma campanha de 23-8, fechando o ano com 48 vitórias e 34 derrotas.

Ou seja, este não é um confronto típico de um 2º contra um 7º do Oeste, com amplo favoritismo para o time melhor classificado. Os Rockets têm força para manter a vantagem e avançar, enquanto os Warriors têm tudo para aprontar mais uma zebra. É um duelo equilibrado entre forças equivalentes.

Afinal, do segundo ao oitavo colocado do Oeste, a diferença foi de apenas quatro vitórias. Sete equipes estão praticamente no mesmo patamar competitivo — entre Rockets e Warriors não há diferença significativa de força.

Os Rockets terminaram com um índice ofensivo de 115,3 (13º da liga) e defensivo de 110,8 (4º melhor). Já os Warriors tiveram 115,0 de índice ofensivo (15º) e 111,7 de defensivo (7º). Ambos estão entre as dez melhores defesas da NBA — o que define o tom da série: uma guerra de defesas.

Os Warriors apostam no small ball: Butler, Draymond Green e Gary Payton II são especialistas defensivos; Moody, Podziemski e Looney também cumprem bem a rotação e as trocas defensivas. O esquema com trocas ilimitadas e marcação dobrada rápida segue como marca registrada dos Warriors em pós-temporada.

Do outro lado, os Rockets têm a dupla guardiã Amen Thompson + Tari Eason, além de Dillon Brooks e Jabari Smith Jr., ambos exímios na defesa por troca. Şengün e “Rei dos Mares” (Hartenstein) oferecem presença física no garrafão. Udoka pode usar Şengün por 31,5 minutos por jogo e variar entre um estilo com quatro abertos e um pivô ou uma formação com cinco jogadores móveis. Ainda há a opção da defesa zonal com três homens altos e os “guardiões”. Este novo Rockets domina todas as formas de defesa — pode jogar alto ou baixo com eficiência.

Com Rockets em 4º e Warriors em 7º lugar em eficiência defensiva, essa série promete ser um duelo de sobrevivência, exigindo desgaste físico e mental máximo para quem quiser avançar.

No dia 7 de abril, os Rockets venceram os Warriors por 106 a 96. Curry marcou apenas 3 pontos, enquanto cinco jogadores dos Rockets terminaram com dígitos duplos, selando a vitória. Sem dúvida, a chave defensiva da série para os Rockets será limitar a atuação de Curry.

Amen Thompson foi o principal marcador de Curry e teve ótimo desempenho. Como “tranca de estrelas” oficial do time, a dupla Amen/Eason tem sido a combinação padrão para marcar Curry durante os turnos de titular e reserva.

O primeiro passo para defender Curry é impedir que ele receba a bola livremente. Os Rockets aplicaram trocas ilimitadas do 1 ao 4 e preferiram ceder infiltrações ao invés de permitir arremessos de três. Quando Curry tentava acionar o pivô (Şengün ou Hartenstein) no pick-and-roll, os Rockets respondiam com dobras, fazendo uma cobertura agressiva e empurrando-o para a lateral, com rotação defensiva posterior — essa foi a tática que limitou Curry a 1 acerto em 10 tentativas e apenas 3 pontos no último duelo.

Contra Butler, os Rockets também têm estratégias claras — principalmente evitar serem enganados com fintas e cometer faltas desnecessárias. No último confronto, Butler marcou apenas 13 pontos em 33 minutos, com 4 lances livres. Em contraste, no jogo do play-in contra o Grizzlies, ele cobrou 18 lances livres. Controlar o número de faltas e impedir que Butler vá constantemente para a linha é um ponto-chave para Houston.

A arbitragem será decisiva na série. Se os juízes permitirem contato físico mais intenso fora da bola, como a marcação corpo a corpo em Curry, os Rockets, com sua versatilidade defensiva e número de bons marcadores, poderão neutralizar grande parte do jogo sem bola do astro — o que prejudica muito seu estilo.

Essa versão dos Rockets é uma máquina defensiva. Com Amen, Dillon Brooks, Eason e Jabari Smith Jr., o time possui quatro defensores de elite para assumir a maioria dos matchups importantes. Se a arbitragem mantiver o mesmo padrão físico do dia 7 de abril, limitando as opções de Curry longe da bola, isso pode mudar completamente o rumo da série.

Claro, o mais importante é que a arbitragem seja consistente. Se ambos os lados puderem usar esse tipo de marcação intensa fora da bola, o jogo será justo para todos.

Como uma potência estabelecida do Oeste na última década, o Golden State Warriors definitivamente não é um adversário fácil. Os Warriors devem explorar jogadas clássicas como o pick-and-roll de Curry contra Şengün ou Hartenstein, além de isolações de Butler atacando VanVleet ou Jalen Green — padrões táticos bastante previsíveis. Dentro da filosofia defensiva de Udoka nesta temporada, jogadores como Draymond Green, Podziemski e Moody terão suas capacidades como arremessadores testadas com rigor.

Do outro lado, vale lembrar que no duelo de 7 de abril, o maior pontuador dos Rockets foi Dillon Brooks com 24 pontos — uma escolha claramente aceitável pelos Warriors. Ao priorizar a proteção de Curry e evitar que Şengün domine o garrafão, os Warriors aparentemente estão dispostos a correr o risco com Brooks — e também com Amen — nos arremessos de fora. A série deve continuar pressionando esses dois a provarem sua eficiência no perímetro.

As maiores vantagens dos Warriors na série são duas: sua vasta experiência em playoffs e a presença de dois superastros, Curry e Butler. Quando o jogo afunila nos momentos decisivos, esses fatores fazem uma enorme diferença. Todos os “Sete Jovens” dos Rockets estão estreando nos playoffs, enquanto os Warriors centralizam suas decisões finais em veteranos como Curry, Draymond e Butler — nomes com muito mais rodagem e recursos em situações críticas.

Os Rockets, por sua vez, não têm uma superestrela consolidada. Em lances decisivos — aqueles momentos em que uma bola pode definir o jogo —, Butler e Curry possuem um histórico que fala por si. Isso significa que, se os jogos da série forem para o clutch (últimos 5 minutos com diferença de 5 pontos ou menos), os Warriors entram com mais experiência, maior tranquilidade e mais poder de decisão — o que os torna favoritos nesses cenários.

Os Rockets devem aproveitar suas vantagens em termos de idade, energia, condições físicas e altura no garrafão, afinal, são a equipe mais jovem. Já houve casos clássicos, como o do Thunder em 2012, que venceu os Spurs por 4-2 nas finais da Conferência Oeste. Em termos de experiência, os três veteranos dos Warriors provavelmente têm mais vivência do que os jovens dos Rockets, mas como diz o ditado, “força jovem pode derrotar até mestres experientes”, e os Rockets devem explorar o fator casa, jogos desorganizados, caos e confrontos intensos. É certo que o estilo de jogo dos Rockets não é algo que os Warriors possam desconsiderar facilmente, e a linha de frente jovem e ágil dos Rockets certamente será um desafio para Golden State.

Em termos de táticas, estratégia, e execução, os Warriors foram os líderes do Oeste nos últimos dez anos. Já os Rockets, como desafiante da nova geração, devem primeiro aproveitar a vantagem de jogar em casa para conquistar uma vitória importante, o que será fundamental para aumentar a confiança dos jovens. Além disso, a juventude é o maior trunfo, e a equipe deve intensificar o jogo físico e usar a defesa para impulsionar o ataque. O restante deve ser deixado nas mãos de Deus.

O confronto entre Rockets e Warriors promete se tornar mais um clássico, e espera-se que seja um duelo digno das disputas épicas de 2018 e 2019, com as equipes deixando tudo em quadra na primeira rodada, sem arrependimentos, saindo de cabeça erguida.

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